Blockchain e cadeia de suprimentos: ganhe confiabilidade e reduza custos

Blockchain é um termo relativamente novo no mercado corporativo e, portanto, ainda desconhecido por muitos. Porém, pode ser explicado como uma cadeia de blocos (tal qual sua tradução literal) que contêm informações referentes a transações digitais de moedas virtuais, como Bitcoin. Ou seja, é um registro confiável de quem enviou, quem recebeu, quais os valores envolvidos e todos os detalhes que se fazem necessários para estabelecer uma transação segura entre duas partes.

Já a Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) é uma série de transações e processos entre diversos players de mercado e setores de uma empresa, incluindo fabricantes, setor de compras, atacado, varejo, armazenamento, transporte, pontos de venda, consumidores e mais. Com o envolvimento de tantas organizações, países e regulamentações, é comum que essas transações sofram uma falta de transparência, ou seja, é a fórmula perfeita para uma empresa adquirir danos irreversíveis e até colocar em risco a saúde e segurança de seus públicos internos e externos. Portanto, tais práticas de blockchain ajudam a tornar os processos mais eficientes e seguros.

Transparência e rastreabilidade

Ainda que as empresas tentem atender às exigências do mercado consumidor e ser o mais transparente possível com relação aos seus processos, o excesso de complexidade que uma Cadeia de Suprimentos envolve acaba por impedir ou dificultar esse objetivo. Assim o blockchain atua como um facilitador, principalmente por utilizar tecnologias que auxiliam no rastreamento, como sensores e etiquetas RFID.

Um exemplo da importância para a indústria diz respeito aos recalls de produtos, visto que uma rastreabilidade deficiente pode ser altamente prejudicial, especialmente quando a saúde e segurança das pessoas estão em risco. Independentemente de estarmos falando sobre uma peça defeituosa em um carro ou sobre um ingrediente alimentar contaminado, é preciso saber exatamente em que ponto da cadeia de suprimentos ocorreu a contaminação ou o defeito para retirar do mercado os produtos danificados e identificar se outros podem ter sido afetados.

Essa demanda por mais transparência e governança tem como origem o próprio mercado consumidor. De acordo com a Nielsen, 49% dos compradores aceita pagar a mais por produtos que atendam altos padrões de qualidade e segurança. Inspirados nessa máxima, empresas como Walmart já começaram a aplicar blockchain em suas Cadeias de Suprimentos, especialmente nas operações que envolvem alimentação. Dessa forma eles conseguem rastrear o fornecimento em todo o processo, “da fazenda até a loja” quase em tempo real.

Quando analisamos outros mercados, como varejo e luxo, as etiquetas RFID e os sensores podem, de fato, ajudar a rastrear e a comprovar a integridade e autenticidade do produto e seus materiais. Conforme surgem sites e lojas que vendem produtos que clamam ser originais, esse rastreamento torna-se ainda mais importante. Outro benefício do blockchain que é aplicável para todos os mercados é a aplicação de “contratos inteligentes”, que consiste no pagamento de um determinado serviço conforme as etapas e processos vão sendo cumpridos ao longo da cadeia. Ou seja, todos os benefícios obtidos são válidos tanto para as empresas quanto para os consumidores.

Assim, com o Blockchain as empresas conseguem transformar seus processos e atender às exigências do mercado consumidor, tanto com relação à transparência quanto com a autenticidade do produto. Portanto, o maior benefício é que essa prática fornece uma visão abrangente e clara de toda a jornada de um produto, independente de quantos países e organizações estejam envolvidas no processo até que ele chegue nas mãos do consumidor final.

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