Papel e celulose: conheça as principais perspectivas para o 2º semestre de 2019

A atividade econômica nos principais países da América Latina deve se manter mais frágil do que o esperado no início de 2019. A desaceleração da economia mundial, a guerra comercial entre China e Estados Unidos, e problemas internos nesses países estão causando mais problemas do que o previsto e não se espera uma aceleração nos próximos meses.

Por outro lado, com o PIB global apresentando uma tendência de queda, deve ocorrer uma maior flexibilização dos juros domésticos em grande parte dos países para tentar incentivar o crescimento da economia interna.

No Brasil, com o desdobramento da reforma da previdência e de como a economia mundial deve se comportar, é esperado um crescimento tímido do PIB, com um aumento abaixo de 1%, com base no receio da população perante o aumento do desemprego e na cautela cada vez maior das famílias brasileiras em consumir ou investir. A inflação, por outro lado, deve continuar controlada e dentro da meta esperada para o ano. Da mesma forma o câmbio, apesar do aumento recorde do preço do dólar em agosto, deve se atingir o patamar de R$ 3,9000 em dezembro, devido a perspectiva de bons resultados dos saldos comerciais e investimentos estrangeiros.

Papel e celulose

Ao longo de 2018, o mercado de papel e celulose apresentou resultados positivos, com os produtores brasileiros apresentando boas exportações para seus principais mercados, principalmente China e Europa. Porém, esse cenário não se manteve no primeiro semestre de 2019 e as expectativas para o segundo semestre deste ano não são muito diferentes.

O mercado sofre com a instabilidade econômica global, com preços em queda de até 12%. China e Europa correspondem respectivamente a cerca de 42% e 32% de todas as vendas brasileiras para o mercado internacional. Na China, há uma redução na demanda por celulose devido à desaceleração da economia e a guerra comercial com os Estados Unidos. No caso europeu, a demanda apresentou queda devido a incertezas em relação à economia do bloco, além de grandes estoques já existentes e que impactam negativamente nos preços.

Analistas estimam para o segundo semestre que a queda no preço para a China esteja chegando ao custo marginal, ou seja, esperam-se mais cortes na produção em virtude dos lucros se aproximarem dos custos de produção. Dessa forma, os preços no mercado mundial devem continuar sendo pressionados para baixo enquanto os estoques se mantiverem elevados. Porém, a queda na oferta pode trazer expectativas de alta até o final do ano.

Para outros tipos de papel a manutenção do preço é mais controlada, apresentando estabilidade ou uma pequena expectativa de aumento durante o segundo semestre de 2019.

Novos desafios são apresentados ao setor de compras. Conflitos comerciais, desaceleração da economia global e até possibilidade de recessão. Para entender esse cenário e estar preparado para enfrenta-lo, a COSTDRIVERS elaborou este relatório com um panorama da economia global e brasileira e o que esperar para o segundo semestre de 2019. Baixe agora.

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